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Transporte coletivo sofre a quinta paralisação em apenas dois anos

Publicada em 27/05/21 às 09:47h - 92 visualizações

por ROGÉRIO MATIVE


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 (Foto: Foto: Sérgio Borges/NoFoco)

Na manhã desta quarta-feira (26), usuários do transporte coletivo enfrentam um cenário que se repete pela quinta vez em dois anos: pontos lotados e a frota de ônibus na garagem. Com benefícios em atraso, os funcionários da concessionária Prudente Urbano decidiram antecipar em 24 horas a paralisação do serviço, conforme publicado pelo Portal.

O calvário sofrido pelos trabalhadores também é o mesmo: vale-alimentação, adiantamento salarial e férias acumulados. De acordo com o Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Prudente e Região, os benefícios vencidos no último dia 20 não foram pagos até o momento.

Alguns trabalhadores ainda não receberam as férias parceladas no ano passado, em acordo feito pela empresa na última greve deflagrada pela categoria. 

Piorou após licitação 

De 2008 a 2019, apenas três greves foram realizadas pelos trabalhadores, sendo que uma fez parte da mobilização nacional contra a reforma trabalhista. Neste período, o transporte coletivo era realizado pela TCPP (extinta) e Pruden Express (atual Prudente Urbano).

Em 2018, o serviço também foi prejudicado, porém, devido à escassez de óleo diesel provocada pela greve dos caminhoneiros em todo país.

Em 2016 e 2017, também houve a ameaça de paralisação, contudo, a greve não ocorreu nessas duas ocasiões após acordo entre sindicato e empresas.

Desde o ano passado, a insatisfação dos funcionários aumentou culminando em três paralisações em curto período. Em 2021, esta é a segunda greve realizada pela categoria.

Reclamações, ameaças e CPI

Desde quando assumiu o serviço sozinha, em 2017, a Prudente Urbano sofre com uma enxurrada de reclamações de usuários motivadas por falta de ônibus, retirada e mudança de linhas, quebra de veículos, entre outros.

Neste tempo, a empresa também travou uma batalha judicial com a Prefeitura em busca de revisão contratual, aumento de tarifa e "blindagem" contra punições administrativas por falhas no transporte. No fim do ano passado, foi alvo de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que pediu a quebra de contrato por mais de 10 irregularidades.

Alegando falta de dinheiro agravada pela pandemia, a Prudente Urbano pleiteia auxílio financeiro do Poder Público. Recentemente, a Prefeitura de Prudente contratou a empresa para o transporte de estudantes - mesmo sem o retorno presencial - pelo valor de R$ 1,6 milhão em dois meses.

Antes, a concessionária já havia se beneficiado com a suspensão de pagamentos de Imposto Sobre Serviço (ISS) e das parcelas da outorga para operar o transporte na cidade, durante a gestão do ex-prefeito Nelson Bugalho (PSDB).

Pode ser punida

Com a paralisação dos serviços, a Prefeitura deve adotar uma linha "mais dura" com a empresa e abrir processo administrativo. Neste ano, um decreto autorizou o cadastramento e contratação de vans em caso de interrupção do transporte.

"A interrupção da prestação do serviço de transporte público configurará falta contratual e ensejará a abertura de processo administrativo para imposição de penalidades", avisou, na ocasião.

A quebra do prazo legal para a deflagração da greve pelos funcionários - 72 horas - deve ser usada pela concessionária como argumento para escapar de possível punição.

Quer audiência

Em nota, a Prudente Urbano pede a realização de audiência pública para discutir os problemas enfrentados. "No mesmo dia, por meio de ofício, a empresa concessionária do transporte coletivo municipal, informou o Poder Concedente solicitando ainda, com a máxima urgência, uma audiência pública com o prefeito Ed Thomas, juntamente com o Ministério Público Estadual, Ministério Público do Trabalho, Sindicato dos Trabalhadores e Semob [Secretaria de Mobilidade Urbana]", pontua.

"A Prudente Urbano reforça que não tem medido esforços, mesmo ao longo dessa pandemia, porém possui atuação limitada e tem buscado, insistentemente, o Poder Público para que medidas efetivas sejam tomadas assegurando a continuidade da prestação dos serviços à comunidade, dado o caráter essencial, para que não haja prejuízos aos cidadãos prudentinos", finaliza.

Sem resposta

Até o momento, o sindicato diz que a empresa não abriu diálogo para apresentar proposta de pagamento dos atrasados.

Ciente da antecipação do movimento grevista, que pode ser visto como ilegal, a entidade afirma que não "pôde segurar os funcionários" diante da irritação da categoria , contudo, "não deixará os trabalhadores sozinhos".




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