O desejo de uma solução coletiva almejada pela desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, Tereza Aparecida Asta Gemignani, sucumbiu em audiência entre representantes da concessionária Prudente Urbano e Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários (Sintrattepp). Desta forma, os funcionários que sofrem com o pagamento de benefícios seguirão em greve. Com isso, o transporte coletivo será ofertado de forma reduzida.

De acordo com Sintrattepp, a categoria seguirá com a paralisação respeitando decisão liminar da Justiça do Trabalho. Ou seja, 50% da capacidade da frota rodando em horários normais, sendo ampliada para 70% em horários de pico.

Ainda conforme o sindicato, a Prudente Urbano quitou apenas a metade do vale-alimentação (R$ 250) referente ao mês de setembro. "Os R$ 500 de outubro, nada até agora", diz a entidade. O valor deveria ser creditado nos cartões dos funcionários no último dia 20.

O sindicato aponta ainda atrasos no pagamento mensal, além da prática de assédio moral.

Promete apresentar 'novas possibilidades'

Já a Prudente Urbano alega que buscou possibilidades para a solução do problema baseadas em "suas condições financeiras", porém, a audiência terminou "sem êxito". 

"A empresa reforça o compromisso junto à Justiça de buscar novas possibilidades para atender as reivindicações de seus funcionários", promete, em nota enviada ao Portal.

E a Prefeitura?

Intimada a participar da audiência, a Prefeitura de Presidente Prudente diz que deverá indicar linhas e horários que requerem mais ônibus em circulação caso identifique que ainda há transtornos causados à população. Na semana passada, o Poder Executivo havia obrigado a concessionária a retomar todas as linhas e horários com 100% da frota.

“Como acordado durante audiência, o sindicato se comprometeu em cumprir o que determina a liminar, que é de circular com 70% da frota nos horários de pico e 50% no restante do dia. Tais porcentagens devem atender a demanda da população, até mesmo por conta dos horários impostos em liminar. Entretanto, a Semob continuará analisando a situação e, caso identifique que ainda há transtornos causados à população, deverá indicar linhas e horários que requerem mais ônibus em circulação, como consta no decreto 30.758”, diz, em nota.