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Funcionários anunciam greve; Prudente Urbano diz não ter dinheiro

Publicada em 26/10/20 às 14:40h - 174 visualizações

por ROGÉRIO MATIVE


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 (Foto: Foto: Cedida/Sintrattepp)
Salário, adiantamento e vale-alimentação em constante atraso. O calvário sofrido pelos funcionários da concessionária Prudente Urbano parece não ter fim, porém, pode culminar em paralisão total do transporte coletivo, a partir de quarta-feira (28), em Presidente Prudente. Em assembleia, a categoria decidiu pela greve caso os pagamentos não sejam quitados em 72 horas. A empresa alega não ter dinheiro em caixa.

A decisão pela greve foi tomada antes da saída dos ônibus da garagem da concessionária, ainda pela madrugada, com a participação de representantes do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Prudente e Região. 

De acordo com a entidade, o vale-alimentação referente ao mês passado, no valor de R$ 500, foi pago pela metade. Já neste mês, os funcionários aguardam pelo benefício desde o dia 21. Em relação aos salários, o atraso chega a ultrapassar cinco dias. Cabe lembrar que parte dos empregados é bancada pelo governo federal por meio da Medida Provisória 936, durante a pandemia.

Em abril, a categoria chegou a paralisar os serviços pelos mesmos problemas. Desta vez, o sindicato afirma que há relatos de maus-tratos com funcionários, gerando assédio moral.

Prazo de 72 horas

De acordo com o sindicato, a empresa foi comunicada da decisão e tem 72 horas para quitar os atrasados antes da greve ser deflagrada. A entidade sindical revela que duas audiências de conciliação foram realizadas pela Justiça do Trabalho e Ministério Público do Trabalho, contudo, sem sucesso.

Em decisões anteriores, a Justiça do Trabalho de Prudente já havia determinado que a empresa retomasse o pagamento do valor integral do vale-alimentação a todos os funcionários e proibiu o parcelamento de direitos trabalhistas sob pena de multa.

Sem dinheiro

Em nota enviada ao Portal, a Prudente Urbano diz que não dispõe de recursos para honrar seus compromissos com os trabalhadores de forma unilateral, como fez até o momento. Ou seja, pede ajuda da Prefeitura para quitar as dívidas.

"A empresa, concessionária do transporte público municipal informa que o atraso nos pagamentos é reflexo da brusca perda de arrecadação no serviço prestado. A crise no setor do transporte é destaque em todo país, porém muitas cidades receberam ao longo da pandemia subsídio financeiro para preservar o serviço de caráter essencial aos cidadãos", alega.

Conforme a Prudente Urbano, não houve contrapartida financeira da Prefeitura ao longo dos últimos sete meses. "APrudente Urbano manteve sozinha a operação do transporte público, cumprindo inclusive as novas exigências legais. Sem a devida contrapartida financeira do município, conforme previsto em contrato e requerido pela concessionária desde março, o transporte municipal mostra sinais de que esse momento chegaria", diz.

Convocou reunião

Questionada sobre a paralisação do transporte coletivo pela segunda vez este ano, a Prefeitura de Prudente adianta que convocou uma reunião com representantes da empresa e do sindicato. "A Prefeitura se reunirá com a empresa, bem como com o sindicato dos funcionários ainda nesta manhã".

Transporte em colapso

Apesar do retorno quase total das atividades econômicas na cidade diante da flexibilização promovida pela fase amarela, o transporte coletivo ainda não conta com todos os horários e linhas. Nos últimos dias, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) pediu para que a população apontasse os itinerários faltantes.

Alvo de constantes reclamações dos usuários devido à falta de horários e veículos lotados, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara Municipal apura as falhas do transporte coletivo. Atualmente, o Legislativo aguarda pelo depoimento do secretário da Semob, Adauto Lúcio Cardoso.

Recentemente, a Prudente Urbano foi multada pela Semob pela retirada de linhas sem autorização. Na Justiça, a empresa tenta reverter a situação após amargar derrota em primeira instância. A infração é o primeiro passo para um processo de intervenção do Poder Público.



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