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Após afastamentos causados pela pandemia, futuros profissionais da saúde retornam gradualmente aos estágios em Presidente Prudente

Publicada em 11/08/20 às 09:11h - 168 visualizações

por Por Heloise Hamada, G1 Presidente Prudente


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 (Foto: Foto: HR/Divulgação)
A pandemia da Covid-19 tem sido um grande desafio para os trabalhadores da saúde. Em Presidente Prudente (SP), quem atua em hospitais e unidades do município tem vivido intensamente a profissão. Nesses locais sempre foi comum contar com o apoio dos estagiários de vários cursos. Porém, para diminuir a circulação de pessoas, os futuros profissionais foram afastados por vários meses e o retorno tem sido gradual. O G1 obteve dados da Secretaria Municipal de Saúde, que teve uma baixa de 65% no quadro de alunos, e do Hospital Regional (HR), que constatou uma redução de cerca de 80%.

Unidades municipais
Segundo o levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde a pedido do G1, as unidades municipais recebem estudantes dos cursos de medicina, enfermagem, fonoaudiologia, farmácia, nutrição e psicologia. No segundo semestre de 2019, havia 791 estagiários. Já no primeiro semestre deste ano, não houve programa de estágio.

"Com o início da pandemia da Covid-19, foi editado o Decreto Municipal 30.748/2020, que suspendeu os estágios supervisionados e voluntários das instituições de ensino", destacou a pasta ao G1.

Quando começou o segundo semestre, os alunos também retornaram de forma gradual e já somam 207 estudantes. Ou seja, houve queda de 65%. "Atualmente, os mesmos estão sendo retomados, em número reduzido de um a quatro estagiários por turno, a depender da graduação, a fim de evitar aglomeração e observada a obrigatoriedade de utilização de EPIs [Equipamentos de Proteção Individual], excepcionando os estágios na área de odontologia, cuja previsão de retorno é para a segunda quinzena de agosto", explicou a secretaria.

O maior número de estagiários era do curso de medicina, que passou de 500 alunos para apenas 120, uma diminuição de 76%. Já entre os universitários de enfermagem, a quantidade passou de 102 para 51, queda de 50%. Os alunos de fisioterapia foram de 90 para 30, uma redução de 66%.

Questionada sobre a importância dos estágios na área da saúde, a pasta municipal afirmou que a “Política Nacional da Atenção Básica, aprovada na Portaria GM 2.436/2017, estabelece ser responsabilidade comum a todas as esferas de governo garantir espaços físicos e ambientes adequados para a formação de estudantes e trabalhadores de saúde, para a formação em serviço e para a educação continuada nas Unidades Básicas de Saúde”.

“Portanto, os estágios garantem o acesso aos estabelecimentos de saúde como cenário de práticas para a formação no âmbito da graduação e da residência em saúde no SUS [Sistema Único de Saúde]”, frisou ao G1.

Hospital Regional
Hospital Regional de Presidente Prudente — Foto: HR/Divulgação

Por mês, o Hospital Regional de Presidente Prudente, que é a maior instituição de saúde do Oeste Paulista entre as públicas e particulares, contava com cerca de mil estagiários de cursos técnicos e superiores. Com o anúncio da pandemia, o HR passou a seguir as orientações pertinentes à realização dos estágios, conforme as diretrizes nacionais de enfrentamento da pandemia. “Por isso, os estágios foram suspensos no fim do mês de março e retornaram gradativamente com uso de EPIs a partir de maio”, explicou o HR ao G1.


Até o momento, 197 estudantes voltaram ao programa de estágio, uma redução de 80%. A unidade recebe estudantes do ensino superior, dos cursos de biomedicina, enfermagem, estética, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, nutrição, odontologia, psicologia e radiologia. Já do ensino técnico, são alunos de enfermagem, farmácia e radiologia.

O hospital informou que os alunos foram destinados aos setores sem atendimento direto da Covid-19. “Frisamos que o HR é um hospital de ensino, portanto, os alunos de cursos técnicos e de ensino superior da área da saúde realizam suas atividades práticas na unidade seguindo o cronograma didático de cada instituição”, salientou o HR.

“A experiência prática é fundamental para o aprendizado e a formação adequada do futuro profissional que estará disponível ao término de seus estudos no atendimento à população. Atualmente, a retomada dos estagiários está sob acompanhamento constante na unidade em meio à pandemia, não havendo ainda uma previsão exata de retorno total dos estudantes”, afirmou a instituição ao G1.
O hospital pontuou que a periodicidade de cada estudante é definida pela grade curricular do seu curso de ensino técnico ou superior.

O retorno

Carolina Pinheiro Perussi é estudante de medicina — Foto: Arquivo pessoal
A estudante de medicina Carolina Pinheiro Perussi, de 22 anos, está no nono termo, período em que os estágios se intensificam. Ela retornou ao estágio no final de junho.


"Ficamos com bastante medo porque não sabíamos como seria. Não sabíamos quais eram as medidas que tínhamos que tomar direitinho nos hospitais e nas unidades. Porém, antes de voltar, a faculdade ofereceu uma capacitação de como todo mundo deveria se paramentar e desparamentar e quais eram os principais cuidados que todos deveriam tomar. Foi bem útil", contou ao G1.

Ela ainda disse que os grupos de alunos e os horários foram reduzidos. "Não atendemos nenhum paciente com queixa ou suspeita de Covid-19. Atendemos outros casos, que não deixam de aparecer nas unidades", falou.

Carolina já passou pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Jardim Guanabara e do Conjunto Habitacional Ana Jacinta e em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e deve também estagiar no Hospital Regional.

"Eu sabia dos riscos da profissão com infecções, por exemplo, mas não imaginava passar por uma pandemia, muito menos como estagiária", disse.
A futura médica também ressaltou que esta experiência vai deixar muitos aprendizados. "Vai deixar todo mundo mais alerta sobre os riscos de infecção não somente da Covid-19, mas com as antigas e o surgimento de novas. Também vamos mudar alguns hábitos errados que nós tínhamos e ninguém se dava conta, como chegar em casa do hospital e ir direto para o banho, ou não entrar com sapato dentro de casa, ou não se aparamentar adequadamente para atender os pacientes", frisou.

Para ela, o estágio para os estudantes de medicina é a base de tudo. "Se ficarmos apenas na teoria, não vamos conseguir atender. A prática e a repetição são a base da medicina", destacou Carolina.

O estudante do curso técnico de enfermagem Welinton Bocamini Antunes, de 21 anos, também retornou ao estágio. Falta apenas um termo para ele finalizar a capacitação. Ele relatou que tudo chegou a ser paralisado, mas as aulas retornaram de forma online, com provas via internet. Por fim, os estágios voltaram.

"O retorno foi com todas as precauções. O número de alunos foi reduzido para conseguirmos manter a distância certa. Foi uma norma da escola e do hospital", falou ao G1.
Antunes também contou que foi "tenso" retornar às unidades de saúde. "Uns decidiram trancar o curso por medo e por ter parentes do grupo de risco. O uso da máscara foi o que mais mudou. Incomoda e quem tem rinite sofre mais. Para mim, foi mais tranquilo. Minha família aceitou que eu fizesse os estágios para concluir o curso", afirmou o estudante.

Ele já passou pelo Hospital Estadual, pela Santa Casa de Misericórdia e pela UBS do Jardim Santana. O estudante também não imaginava enfrentar uma "pandemia tão agressiva" e ficou com medo de ser infectado.

"Quando vi a quantidade de gente que estava ficando doente por conta da Covid-19, eu vi o quanto a enfermagem é importante. Para mim, é primordial concluir o curso mais rápido possível, pois eu quero estar com meus colegas de profissão prestando cuidados para aqueles que estão debilitados. Quando vi como as pessoas que contraíram o vírus ficam debilitadas, não tive dúvida alguma da escolha que eu estava fazendo para a minha vida", explicou Antunes ao G1.

Welinton Bocamini Antunes é aluno do curso técnico de enfermagem — Foto: Arquivo pessoal

Welinton Bocamini Antunes é aluno do curso técnico de enfermagem — Foto: Arquivo pessoal



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