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Campanha Junho Vermelho arrecada apenas 55% do estoque de sangue necessário em Presidente Prudente

Publicada em 02/07/20 às 16:53h - 146 visualizações

por Por Heloise Hamada e Beatriz Monteiro, G1 Presidente Prudente


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 (Foto: Foto: AI/Hospital Regional de Presidente Prudente)
A Campanha Junho Vermelho, para incentivar a doação de sangue, ajudou a melhorar os estoques em Presidente Prudente no final do primeiro semestre de 2020, já que desde o início da quarentena houve uma queda expressiva na quantidade de doadores. Durante o mês, foram coletadas 1.504 bolsas no Banco de Sangue do Hospital Regional (HR) e no Hemocentro da Santa Casa de Misericórdia. Porém, mesmo com as ações intensificadas, esse total representa apenas 55% da quantia ideal, que é de 2.700 bolsas.

Os números

No Banco de Sangue do HR, houve redução de cerca de 40% nas doações desde o início da quarentena. Conforme o hospital, os estoques com maior baixa são os dos tipos sanguíneos de RH negativo, como o A-. A quantidade esperada é de 1.200 bolsas por mês, uma média de 22 por dia.

Em abril, foram coletadas 734 bolsas. Em maio, 583, uma redução de 20%. Já em junho, com a campanha, o total passou para 690, uma elevação de 18%. O crescimento é fruto das campanhas realizadas por igrejas, empresas solidárias e colaboradores.

O Hospital Regional depende das doações de sangue para tratamento de diversas doenças, inclusive uso de plaquetas para casos graves e cirúrgicos.

Já no Hemocentro da Santa Casa de Misericórdia, as doações caíram em média 60% na quarentena. O tipo sanguíneo mais utilizado é o O-, por ser o chamado doador universal. Porém, a agente de captação Zenaide Brito comenta que todos os tipos sanguíneos são importantes no estoque. Em abril, foram 970 doações. Em maio, houve uma queda de 30%, passando para 670 bolsas. Já em junho, as ações ajudaram a aumentar em 18% a coleta, chegando a 814.

A agente de captação ainda ressalta que, apesar de ter colaborado, o resultado da Campanha Junho Vermelho em 2020 “não foi tão expressivo quanto em anos anteriores”. A demanda mensal do Hemocentro é de 1.500 bolsas, média de 50 doações por dia.

Banco de Sangue do Hospital Regional de Presidente Prudente registrou queda de 40% nas doações — Foto: AI/Hospital Regional de Presidente Prudente
Banco de Sangue do Hospital Regional de Presidente Prudente registrou queda de 40% nas doações — Foto: AI/Hospital Regional de Presidente Prudente

'A vida continua no hospital'

“Deu um estalo e veio na minha cabeça: vai doar sangue que essa é a oportunidade”. Foi esse o pensamento da dona de casa Thaís Araújo, de Presidente Prudente, ao se lembrar de quando decidiu doar sangue em meio à quarentena.

“Ninguém estava saindo de casa, então, eu fiquei pensando que ninguém estava doando sangue também. Eu achei que era bem necessário, porque, querendo ou não, a vida continua no hospital”, falou ao G1.
Ela ressalta a importância deste ato e, motivada em ajudar o próximo, chegou a abrir mão até de vontades pessoais.

“Eu sempre quis fazer tatuagem. Agora que eu faço doação de sangue regularmente, eu adiei esse sonho. Adiei não, acho que nem vou fazer mais, porque acho que doar sangue é mais importante que tatuar”, afirmou.
Para a dona de casa, o sentimento de doar sangue é o de dever cumprido. “Dever de fazer o mínimo possível porque isso não custa nada. O sangue já é reposto em 24h e para mim não dói nada”, explica.

Thaís Araújo, de Presidente Prudente, decidiu doar sangue durante a quarentena — Foto: Arquivo pessoal
Thaís Araújo, de Presidente Prudente, decidiu doar sangue durante a quarentena — Foto: Arquivo pessoal

Pausa nas doações

O histórico de doador do estudante João Victor Klinke teve início há cinco anos, quando um conhecido sofreu acidente de moto, precisou de sangue e ele se dispôs a doar. Porém, durante a quarentena em decorrência da pandemia da Covid-19, ele decidiu dar um tempo. Pensando na saúde de seu avô, que é do grupo de risco por ser diabético e ter mais de 80 anos, ele tem seguido a quarentena à risca desde março.

"Só saio para ir ao mercado aqui perto. O perigo de contrair a doença extrapola as proximidades do hospital. Pode existir um infectado em qualquer lugar”, contou ao G1.

Apesar dessa pausa, ele conta que pretende voltar ao Banco de Sangue após a quarentena, já que sabe a importância deste gesto.

“É a de cumprir com uma obrigação que temos todos os dias de tentar ajudar alguém quando pudermos. É o simples cumprimento de um imperativo moral, ético, cívico e cristão”, ressalta.
Queda da restrição aos homens gays
O mês do Orgulho LBGTQI+ também é junho. Foi a primeira vez que durante a Campanha Junho Vermelho não houve a restrição de doação de sangue por homens gays. No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou essa limitação nas normas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), considerando-a inconstitucional.

Até então, os bancos de sangue rejeitavam a doação de homossexuais que tivessem feito sexo com outros homens nos 12 meses anteriores à coleta.

Para o Grupo Somos LGBTI+, de Presidente Prudente, a decisão foi justa. "A decisão caminha exatamente no sentido que nós LGBTQIAP+ enxergamos e compreendemos a comunidade da qual fazemos parte, não somos doentes, nosso sangue é igual ao sangue de um heterossexual, é lamentável que tenhamos que reafirmar algo que é óbvio. consideramos a derrubada dessa restrição pelo Supremo Tribunal Federal uma enorme vitória, uma vitória não somente para homens gays, mas também para toda a comunidade", disse ao G1.

O grupo também acredita que a derrubada serve como incentivo às doações. "É sem dúvida um grande incentivo para a doação de sangue, sobretudo, para esses sujeitos que eram discriminados no ato da doação".

O coletivo também ressalta que é preciso entender o contexto dessa derrubada, já que se vive uma pandemia. "Os hemocentros de todo país estão com crise de abastecimento nos bancos de sangue, estão realizando até campanhas para aumentarem e manterem os bancos com uma quantidade considerável de sangue, dessa forma, a derrubada dessas restrições é útil, pois em tese possibilita que mais pessoas doem sangue", pontua.

Doações caíram em média 60% no Hemocentro da Santa Casa de Misericórdia — Foto: Zenaide Brito/Cedida
Doações caíram em média 60% no Hemocentro da Santa Casa de Misericórdia — Foto: Zenaide Brito/Cedida

Onde doar

Mesmo com o fim da Campanha Junho Vermelho, as doações precisam continuar durante todo o ano.

O Banco de Sangue do Hospital Regional atende das 7h às 17h, em qualquer dia da semana, inclusive aos domingos e feriados. Por meio do telefone (18) 3229-1570, o doador pode verificar o melhor horário para ir até o hospital. Pessoas com idade superior a 60 anos que apresentam sintomas gripais ou possuam alguma doença auto-imune não podem fazer a doação de sangue.

O Hemocentro da Santa Casa atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 17h, e aos sábados, das 7h às 11h. É obrigatório o uso de máscara. Para evitar aglomerações, é recomendado fazer o agendamento da doação pelo telefone 0800-979-6049, que funciona no horário comercial, das 8h às 17h, ou pelo site do Hemocentro de Ribeirão Preto. Pessoas com sintomas gripais ou que tenham algum familiar com sintomas da Covid-19 não podem doar.

Critérios para doação: ter idade entre 16 e 69 anos; ter mais de 52 quilos; e estar com boas condições de saúde. Menores de 18 anos podem doar, desde que estejam acompanhados dos responsáveis e levem documento de identidade com foto.



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