Sonho de alguns, além de propostas debatidas por vereadores em anos anteriores, a utilização dos trilhos da linha férrea desativada há anos para o transporte de passageiros é possível. Contudo, o interesse deve partir da Prefeitura de Presidente Prudente. É o que revela a concessionária Rumo, em reunião remota na manhã desta terça-feira (30).
O encontro, realizado a cada seis meses conforme exigência do Ministério Público Estadual, contou com representantes da União das Entidades de Presidente Prudente e Região (Uepp).
No contrato, não tem previsão de que a concessionária possa fazer transporte de passageiro (VTL) e, por isso, é preciso que a iniciativa seja da Prefeitura. “Necessariamente, a Rumo não precisa ser a operadora, mas podemos fazer um estudo simulação em busca de investidores, como fluxo de passageiros que se deslocam e valor de passagem, por exemplo”, explica o diretor comercial da empresa, Eudis Furtado.
Também foram discutidas as propostas para a implantação de um ramal ferroviário de bitola larga entre Parapuã (trecho do ramal de Jaú) até Presidente Prudente ou a recuperação do trecho de Regente Feijó x Prudente x Álvares Machado.
"É preciso ser feito um estudo de engenharia para viabilidade da implantação do ramal sugerido. A partir do estudo, pode ser feito um investimento; se será short line ou operação direta; mas não é algo simples de conseguir no ponto de vista regulatório", diz Furtado.
Sobre a reativação do trecho de Panorama x Tupã, conectando São Carlos até o Porto de Santos, os trabalhos serão iniciados em 2021. "A funcionalidade do trecho será cumprida até 2024, cujos trabalhos iniciam em 2021, com estudo, compra de material e execução de obra", adianta. Prudente não faz parte deste projeto, pois está inserida na Malha Sul.
A Rumo deve entregar, nos próximos dias, apresentação de preços compatíveis para captação de tonelada/carga de grão e açúcar com saídas de estradas de ferro de Maringá (PR), Londrina (PR), Rolândia (PR) e Jaú (SP), com desembarque no Porto de Santos.