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Espécie 'extinta' em Presidente Prudente é vista durante evento de observação de aves

Publicada em 11/05/20 às 08:56h - 270 visualizações

por Por Aline Costa e Stephanie Fonseca, G1 Presidente Prudente


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 (Foto: Foto: Stephanie Fonseca/G1)
A ave anhuma (Anhima cornuta), cuja sua espécie é considerada "extinta" em Presidente Prudente (SP), foi vista na cidade neste sábado (9). O aparecimento foi registrado por observadores durante o Global Big Day, evento de observação de aves, e surpreendeu os envolvidos.

A espécie é pouco avistada no Oeste Paulista, conforme informou ao G1 o biólogo Johnny Michael Santos da Silva. Sua aparição havia sido registrada somente em Panorama (SP) e no Parque Estadual do Morro do Diabo, que fica em Teodoro Sampaio (SP).

Na região de Presidente Prudente, o especialista contou ao G1 que a espécie sofreu muito com a caça predatória no início da colonização do Oeste Paulista, por ser uma ave de grande porte e com belas penas.

"Existem várias espécies que podem ser consideradas 'extintas' na região, pois como as áreas da mata atlântica perdeu espaço para agropecuária e cultivos, aves endêmicas acabam sumindo", explicou o biólogo.

A anhuma, conforme Silva, é tipicamente amazônica, presente em quase toda aquela região, chegando também até ao interior do Ceará, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso (Pantanal), São Paulo e Paraná.

"Ela também já foi encontrada na Bolívia, Colômbia, Equador e Peru", acrescentou ao G1.


Durante o evento de observação de aves, o especialista contou ao G1 que foi possível registrar o aparecimento de cerca de 70 espécies. O levantamento foi feito junto ao biólogo Vinicius Vasconcelos e a jornalista Stephanie Fonseca.

"Em eventos passados e no levantamento que tenho sobre a fauna em Presidente Prudente, podemos passar de 170 espécies aqui na cidade. Temos uma variedade de aves corriqueiras em Presidente Prudente, como bombos, bem-te-vi, sabiá. Além do canário-da-terra, que antes era muito difícil de ser observada e atualmente é comum", ressaltou Silva.

Espécie foi observada durante o Global Big Day, em Presidente Prudente — Foto: Stephanie Fonseca/G1Espécie foi observada durante o Global Big Day, em Presidente Prudente — Foto: Stephanie Fonseca/G1
Espécie foi observada durante o Global Big Day, em Presidente Prudente — Foto: Stephanie Fonseca/G1

Global Big Day
Para os observadores de aves fanáticos, o "Global Big Day", considerado o maior evento de observação de aves do mundo, é um dos momentos mais esperados do ano. Durante um único dia, por 24 horas, os amantes da natureza de diferentes países se conectam ao se dedicar a prática de observar e listar as aves avistadas em campo.

Neste ano, o evento foi considera histórico, pois devido à pandemia do novo coronavírus, os observadores não puderam se reunir e realizar expedições em busca do maior número de aves. Cada qual observou sozinho da onde estava, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde.

Apesar de parecer uma grande competição entre os países o objetivo do "Global Big Day" é outro: ajudar os pesquisadores a partir das listas enviadas a compreender a distribuição das aves e das populações das espécies pelo globo, bem como analisar a migração de algumas delas.


Na página oficial do "Big Day" você pode acompanhar em tempo real como está sendo o dia de observação ao redor do mundo.

Espécie foi observada durante o Global Big Day, em Presidente Prudente — Foto: Stephanie Fonseca/G1Espécie foi observada durante o Global Big Day, em Presidente Prudente — Foto: Stephanie Fonseca/G1
Espécie foi observada durante o Global Big Day, em Presidente Prudente — Foto: Stephanie Fonseca/G1

Anhuma
A anhuma (Anhima cornuta) é a ave-símbolo do estado de Goiás e está presente também na bandeira da cidade de Guarulhos (SP).

Mede 80 centímetros de comprimento, 61 centímetros de altura, 170 centímetros de envergadura e pesa 3,2 quilos. É preta e tem o ventre branco. Na cabeça, ostenta um espículo córneo, semelhante a um pequeno chifre, com 12 centímetros de comprimento. O “chifre” é, na verdade, uma cartilagem e se quebra com facilidade.

Tem como defesa dois enormes esporões nos ombros.

Habita pantanais e beiras de lagoas e rios com margens florestadas ou vegetação rasteira. Vive aos casais e em grupos familiares, eventualmente em bandos maiores. Migra durante a seca, retornando na estação chuvosa. Voa e plana bem.

Alimenta-se de plantas flutuantes ou de gramíneas em alagados.

Faz ninhos grandes sobre a vegetação flutuante, ancorada em arbustos ou gramíneas na água rasa. Põe três ovos marrom-oliváceos. Observou-se que essa espécie choca em casal, revezando-se no ninho.

Mapa mostra aparição da espécie no Oeste Paulista  — Foto: Reprodução/e-bird




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