Segundo o levantamento, a aprovação a Bolsonaro teve a queda mais expressiva desde o início do governo e caiu principalmente entre os mais ricos (15 pontos percentuais), de 52% para 37%.
A rejeição ao presidente saltou no nordeste, de 41% para 52%. No começo de julho, o presidente insultou os governadores do Nordeste, descrevendo-os genericamente como “governadores de Paraíba”.
O presidente também sofreu perda de apoio entre os mais ricos, aqueles com renda mensal acima de 10 salários mínimos, de acordo com o levantamento. Neste segmento, a aprovação caiu para 37% em agosto ante 52% em julho.
Também aumentou a rejeição ao comportamento de Bolsonaro. Para 32%, o presidente não se comporta de forma adequada para o cargo em nenhuma ocasião, uma alta de 7 pontos em relação a julho.
Outro ponto marcante da pesquisa Datafolha é o percentual de entrevistados que afirma não confiar no que o presidente diz: 44% nunca acreditam no que o presidente fala, 36% confia às vezes e 19%, às vezes.
A escalada da retórica pela polarização por parte do presidente marcou os dois meses que separam as pesquisas. O Governo passa por uma imensa crise ambiental com as queimadas na Amazônia. Nos últimos meses, o presidente também indicou o próprio filho para a embaixada dos Estados Unidos e também voltou a questionar a Comissão da Verdade —o discurso saudosista em relação à ditadura militar é uma marca de seu Governo.