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Casos de feminicídio aumentam 76% no 1º trimestre de 2019 em SP; número de mulheres vítimas de homicídio cai

Publicada em 30/04/19 às 13:07h - 379 visualizações

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Os casos de feminicídio aumentaram 76% no 1º trimestre de 2019 em São Paulo se comparados ao mesmo período do ano anterior, de acordo com levantamento feito pelo G1 e pela GloboNews. Nos primeiros três meses do ano, 37 mulheres foram vítimas de feminicídio. Em 2018, foram 21.

Ao mesmo tempo, o número de homicídios de mulheres caiu no estado: de 119 para 97, queda de 18%. Enquanto que no primeiro semestre de 2018, as vítimas de feminicídios representavam 17,5% do total de casos, neste ano, o percentual subiu para 38%.

Desde 9 de março de 2015, a legislação prevê penalidades mais graves para homicídios que se encaixam na definição de feminicídio – ou seja, que envolvam "violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher". Os casos mais comuns desses assassinatos ocorrem por motivos como a separação.

Oito em cada dez casos de feminicídio deste ano ocorreram dentro de casa e 26 dos 37 casos tinham autoria conhecida, como maridos e ex-namorados. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, "todos os casos registrados no período tiveram a autoria identificada e 19 criminosos já foram presos". Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgada em fevereiro mostra que só 10% das mulheres que foram vítimas de alguma agressão procuraram a delegacia.


Registros de casos de feminicídio aumentaram 76% em SP neste ano

Para a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, a queda de homicídios de mulheres e o aumento dos feminicídios mostram que a violência doméstica e o feminicídio de autoria conhecida estão crescendo, não só os registros.

"Como os feminicídios íntimos já estavam sendo registrados de forma adequada, veja que é quase tudo de autoria conhecida, podemos afirmar que está crescendo a violência doméstica e, consequentemente, o feminicídio íntimo", disse.

Para Samira, a polícia já sabe classificar o feminicídio íntimo.

"O desafio são aqueles outros casos, porque a legislação também supõe que o feminicídio não é fruto necessariamente da violência doméstica. Também pode ser, mas não exclusivamente. Ciudad Juárez, por exemplo, onde o termo foi cunhado, os crimes se deram em outra perspectiva. As mulheres eram estupradas, torturadas e mortas, mas não tinham nenhuma relação amorosa com o autor da violência", explica Samira.

Ciudad Juaréz, na fronteira do México com os Estados, onde o termo feminicídio foi usado pela primeira vez, viveu uma onda de assassinatos brutais de mulheres, seguidos da exposição de seus corpos pelas ruas da cidade.

Registros de casos de feminicídio aumentaram 76% em SP neste ano

Outros crimes
Ao mesmo tempo que os feminicídios cresceram no estado, a maior parte dos crimes violentos caiu no 1º trimestre deste ano se comparados com o mesmo período de 2018:

Homicídios foram de 766 para 712: -7%
Latrocínios foram de 66 para 38: -42%
Estupros foram de 3.218 para 3.044: -5%
Roubos foram de 67.755 para 62.373: - 7,9%
A Secretaria da Segurança Pública informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que as polícias Civil e Militar atuam para combater os feminicídios e demais ocorrências de violência no estado.

"O atendimento 24 horas nas DDMs foi ampliado, a fim de oferecer mais opções de acolhimento às vítimas. Nove novas unidades inauguraram o atendimento ininterrupto desde o início do ano. Hoje são 10 DDMs 24 horas no estado e, até o fim da atual gestão, outras 30 também funcionarão neste modelo. São Paulo conta com 133 DDMs, sendo nove na Capital, 16 na Grande São Paulo e 108 no Interior.

São Paulo registra dois casos de feminicídio neste final de semana


No período também foi criado o aplicativo SOS Mulher, que prioriza o atendimento às pessoas com medidas protetivas, deslocando as equipes policiais mais próximas ao local da ocorrência. Para garantir o acolhimento adequado às vítimas desse tipo de crime, todos os policiais do estado, sejam eles civis ou militares, são treinados para atender essas ocorrências.

O treinamento de policiais é realizado durante os cursos de formação das corporações e todas delegacias do estado contam com o Protocolo Único de Atendimento, que estabelece um padrão para o atendimento", diz a nota.

Ao G1, quando mostrou que casos de feminicídio dobraram no bimestre, a diretora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), Jamila Ferrari, também considerou que houve aumento real de feminicídios, não só de registros.

Para Ferrari, o feminicídio não é subnotificado, mas os crimes anteriores ao assassinato, sim. Por isso, diz a diretora, a importância de as mulheres registrarem as agressões nas DDMs.

"Dificilmente, essa mulher é morta da primeira vez. Não foi a primeira coisa que aconteceu contra ela, a morte. Essa mulher vem de um ciclo de violência, em um primeiro momento foi xingada, depois tomou um empurrão, um safanão. Temos que incentivar a mulher ir à delegacia de polícia assim que for xingada e apanhar. A partir do momento que a mulher deixa de ir à delegacia, de procurar ajuda, o homem passa a ser mais violento", afirma a diretora das delegacias da mulher.

Corpos de vítimas
A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária de Pablo Danilo dos Santos Damásio, suspeito de matar uma mulher e depois esconder o corpo dentro de uma mala, colocada em um guarda-roupas do apartamento onde ele mora, em um conjunto residencial de Mauá, no ABC Paulista. O corpo de Viviane Miranda Maurício foi encontrado na noite de 24 de março.

Até o momento da publicação desta reportagem, o suspeito estava foragido. Ele ainda não constituiu advogado para a sua defesa.

De acordo com a polícia, o suspeito já havia sido processado pelo crime de ameaça cometida contra a ex-mulher. Com base nessa acusação, a Justiça já havia decretado uma medida protetiva em favor dela. O casal estava separado havia cerca de três meses. Foi a ex-mulher do suspeito que encontrou o corpo da outra mulher dentro da mala.

A polícia tenta descobrir qual vínculo o suspeito tinha com a vítima assassinada. Investigadores já descobriram, por exemplo, que Viviane, que morava na capital paulista, foi ao apartamento em um carro conduzido por um motorista de aplicativos de transporte. Já sabem também que o acusado deixou o condomínio com um veículo conduzido por outro motorista de aplicativos.

Além dos crimes relacionados à violência contra a mulher, o suspeito também é foragido da Justiça por um crime de roubo, cometido no ABC Paulista. A Justiça decretou a prisão preventiva dele com base nessa acusação.

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Na vizinha Santo André, dois casos de feminicídio ocorreram em 18 e 19 de março

Em um deles, um homem foi preso suspeito de matar a ex-namorada e esconder o corpo dela em uma geladeira. Segundo a polícia, Lucas Alves da Silva, de 24 anos, foi preso tentando fugir num carro de aplicativo. A polícia tinha recebido uma denúncia anônima de que ele tinha matado a auxiliar de enfermagem Engel Sofia Pironato, de 21 anos, dentro de casa.

O jovem foi levado a uma delegacia, onde, segundo a Polícia Civil, ele confessou que matou a ex-namorada por asfixia porque não aceitava o fim do relacionamento. Disse também que Engel terminou o namoro porque ele é usuário de drogas.

O corpo da mulher foi encontrado dentro da geladeira do ex-namorado. Lucas e Engel se conheciam havia pelo menos seis anos. Eles já tinham acabado e reatado o namoro diversas vezes.

No outro caso, Elieide Rodrigues de Oliveira de 38 anos, foi atropelada e baleada pelo marido na Rua Armando Mazzo, no Jardim Rina.

O crime foi registrado por câmeras de segurança. Elieide foi levada para o Centro Hospitalar Municipal, em Santo André, mas não sobreviveu. Recentemente, a mulher já havia prestado queixa à polícia contra o marido, por agressão.

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Conhecidos
Uma em cada cinco mulheres vítimas de violência diz ter sido agredida por um vizinho, informa pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e divulgada nesta terça-feira (26). Nos últimos 12 meses, esse tipo de agressão cresceu e chegou a 21,1% dos casos relatados – na pesquisa anterior, de 2017, eram 3,8%.

Dentre as mulheres ouvidas, 27,4% disseram que sofreram algum tipo de agressão no último ano e 76,4% das vítimas afirmaram que o agressor era alguém conhecido. No levantamento anterior, com dados referentes a 2016, eram 61%.

O vizinho como principal autor da agressão fica atrás apenas do namorado ou companheiro. Veja ranking dos agressores:

Cônjuge/companheiro/namorado (23,8%)
Vizinhos (21,1%)
Ex-cônjuge/ ex-companheiro/ex-namorado (15,2%)
Pai ou mãe (7,2%)
Amigos (6,3%)
Irmãos (4,9%)
Patrão ou colega de trabalho (3%)
A categoria “vizinho” nem chegava a constar nas opções do questionário da pesquisa, mas após ser tão citada na categoria “outros”, foi incluída como resposta.

Em sua segunda edição, a pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil" ouviu 1.092 mulheres acima de 16 anos nos dias 4 e 5 de fevereiro deste ano, em 130 municípios do país.

Quando perguntadas onde sofreram a agressão:

Em casa (42%)
Na rua (29,1%)
Internet -redes sociais e aplicativos (8,2%)
Bar, balada (2,7%)
Na escola, faculdade (1,4%)
Outro lugar (9%)
Em 2017, apenas 1,2% disse ter sofrido violência a partir de contato no mundo virtual.

De acordo com uma projeção feita pela pesquisa, nos últimos 12 meses, 12.873 mulheres foram agredidas por dia, o que significa 536 por hora e 9 por minuto.



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