Investigações realizadas pela Polícia Civil, em Pirapozinho, identificaram prejuízos de mais de R$ 100 mil causados por um homem, de 24 anos, indiciado pela prática do crime de estelionato através da emissão de cheques sem fundos.
Em cumprimento a um mandado judicial de busca e apreensão, a Polícia Civil recuperou nesta sexta-feira (8) móveis rústicos de madeira avaliados em cerca de R$ 15 mil que estavam na residência do investigado, em Pirapozinho.
Os móveis haviam sido comprados pelo golpista em um estabelecimento comercial em Tarabai mediante o pagamento com cheques sem fundos.
A Polícia Civil estima que o investigado tenha causado prejuízos superiores a R$ 100 mil nas cidades de Pirapozinho e Tarabai, onde já foram identificadas sete vítimas.
As vítimas são, em sua maioria, idosos, pequenos produtores rurais e comerciantes, segundo a Polícia Civil detalhou ao G1.
Um inquérito já foi instaurado pela Delegacia da Polícia Civil, em Pirapozinho, e os trabalhos investigativos continuam, já que existe a possibilidade de haver vítimas também em outras cidades da região.
O homem, que trabalha no ramo de compra e venda de gado, foi indiciado por estelionato e, durante as buscas em sua residência nesta sexta-feira (8), os agentes também encontraram canhotos de cheques e notas promissórias.
De acordo com a polícia, uma das modalidades de golpe aplicadas pelo envolvido foi o uso de cheques sem fundos para a compra de gado.
As investigações, segundo a Polícia Civil pontuou ao G1, também identificaram que o investigado chegou a ameaçar uma das vítimas do estelionato, alegando possuir uma arma de fogo, quando cobrado do pagamento de suas dívidas.
Os móveis apreendidos nesta sexta-feira (8) ficarão depositados em nome da vítima até que haja um desfecho do caso na Justiça.
O delegado Rafael Galvão, responsável pelas investigações, enfatizou ao G1 que eventuais novas vítimas do golpista podem procurar a Delegacia da Polícia Civil, em Pirapozinho, para que os casos sejam apurados e esclarecidos.
“O golpe total passou de R$ 100 mil, atualmente identificado. Inicialmente, eu tratei como um mero desacordo, um ilícito civil. Eventualmente, é normal a pessoa ter um cheque, de vez em quando, voltar por falta de fundos. Mas a gente viu que era uma série delitiva muito mais séria e estava sendo de modo desenfreado. Aí começamos a perceber e reunimos várias vítimas. Inclusive, uma vítima estava se sentindo pressionada, ameaçada, porque ele falou que teria arma de fogo, e não queria nem vir à delegacia para fazer o Boletim de Ocorrência”, explicou Galvão ao G1.