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Incêndio no Museu Nacional destrói objetos de pesquisa de estudantes e professores da UFPE

Publicada em 05/09/18 às 21:34h - 362 visualizações

por https://g1.globo.com


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 (Foto: https://g1.globo.com)
O incêndio que destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro na noite do domingo (2) devastou, também, as teses, pesquisas e trabalhos de estudiosos que dependiam do acervo para adquirir e difundir conhecimento sobre a história natural do país e do mundo. Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a comunidade acadêmica sofre com a perda um dia depois de as chamas consumirem o que já foi e o que seria objeto de pesquisa.

Para quem dependia dos fósseis consumidos pelas chamas, mensurar a perda com palavras é tarefa quase impossível – não só pelo trabalho, mas pelos laços afetivos criados ao longo de anos de pesquisa.

"Perdi metade da minha vida, literalmente, ontem"
Debruçada sobre os estudos acadêmicos há 22 anos, a paleontóloga Juliana Sayão, professora da UFPE, esteve ligada ao museu para pesquisas com fósseis e expressou, em lágrimas, a dor de perder uma vida de pesquisa para o fogo.

“Assim como eu, todos os pesquisadores do Brasil estão perdidos. Passei mais da metade da minha vida lá dentro, deixei de me dedicar a outras coisas para me dedicar à pesquisa”, diz a docente, que atua no Centro Acadêmico de Vitória, na Zona da Mata, e atualmente está em uma licença-capacitação para aprofundar os estudos em sua área.

“Centenas de dissertações e teses vinham sendo desenvolvidas pelos meus alunos e tudo se perdeu no incêndio. Não existem peças substitutas. Você constrói um prédio, mas não coloca o acervo de volta”, lamenta, emocionada pela destruição de peças importantes.

Para os alunos de Juliana, os fósseis abrigados no Museu eram promessas de especialização e de ampliar o conhecimento.

“Em agosto de 2017, fiz um treinamento vinculado ao Museu Nacional e a Marinha do Brasil para ir à Antártica, estudar fósseis no continente. Sou, ou era, o primeiro da fila de espera para uma expedição até lá em parceria com o Museu, mas não sei mais se vai ser possível”, conta o mestrando Paulo Braga, orientado pela paleontóloga.

“Iríamos fazer uma relação de como era o ecossistema de lá há milhares, milhões de anos. É uma pesquisa importante para a gente conhecer o comportamento e a ecologia que temos hoje. Tínhamos que olhar para o passado”, explica o estudante de mestrado da UFPE.

Em nota divulgada nas redes sociais na noite do domingo (2), a UFPE se solidarizou com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. “A perda para a história e a ciência do Brasil é incalculável. Toda nossa solidariedade à comunidade da UFRJ. A dor de vocês também é nossa”, diz o texto.

O incêndio

O fogo começou por volta das 19h30 do domingo (2) e foi controlado no fim da madrugada desta segunda-feira (3). Entretanto, pequenos focos de fogo seguiam queimando partes das instalações da instituição que completou 200 anos em 2018 e já foi residência de um rei e dois imperadores.

A maior parte do acervo, de cerca de 20 milhões de itens, foi totalmente destruída. Fósseis, múmias, registros históricos e obras de arte viraram cinzas. Pedaços de documentos queimados foram parar em vários bairros da cidade.

As causas do fogo, que começou após o fechamento para a visitantes, serão investigadas. A Polícia Civil abriu inquérito e repassará o caso para que seja conduzido pela Delegacia de Repressão a Crimes de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da Polícia Federal, que irá apurar se o incêndio foi criminoso ou não.



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